terça-feira, 10 de maio de 2011

Com as informações recolhidas fez-se um roteiro geológico/turístico e criou-se um blogue.
O roteiro estará disponível na biblioteca municipal e nas bibliotecas E.B.2,3 das Dairas e na E.B.2,3 de Vale de Cambra.

quarta-feira, 20 de abril de 2011


Vale de Cambra
O Município de Vale de Cambra é um dos 19 municípios que integram o Distrito de Aveiro, insere-se na Região Norte, e ainda na sub-região de Entre Douro e Vouga.
Este concelho tem uma área de 147km2 e 25 mil habitantes. Está dividido em nove freguesias: Arões, Cepelos, Codal, Junqueira, Macieira de Cambra, Rôge, São Pedro de Castelões, Vila Chã e Vila Cova de Perrinho.
Vale de Cambra possui um clima ameno, húmido, muito chuvoso no Inverno e soalheiro no Verão.
Localiza-se num vale com uma fertilidade invulgar, situado nas margens do rio Caima, o que potenciou o desenvolvimento dos seus recursos naturais, como a Serra da Freita, a Barragem Engenheiro Duarte Pacheco ou as praias fluviais.
Para além do rio Caima (primeiro afluente importante do rio Vouga), esta cidade é também atravessada por outros dois cursos de água: rio Teixeira e rio Arões.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Geologia de Vale de Cambra
O concelho de Vale de Cambra é constituído por uma zona interior com características serranas, atingindo altitudes superiores a 1000 metros.
Este concelho possui uma forte presença de água, o que marca a paisagem. É abrangido por uma enorme cobertura de bacias hidrográficas.
A área serrana é delimitada a nascente e sudeste por uma cadeia montanhosa (Serras de Montemuro, Arada e Freita).
O concelho de Vale de Cambra é caracterizado por um relevo muito acidentado.
Como há uma grande diferença de altitudes este concelho pode ser dividido em seis zonas diferentes.
Uma destas zonas pode ser chamada Terras Baixas, e corresponde ao Vale do Caima e seus afluentes (rio Vigues, ribeira de Lordelo, Ribeira de Moscoso e Ribeira das Cabras) e possui declives suaves. É aqui que se situa a sede do concelho.
Outra é a zona constituída pelas serras de Lordelo (515m) e da Escaiba (645m) caracterizada por declives acentuados.
Há também uma zona de pendentes ligeiramente acentuadas a norte, que corresponde ao alto de Trancoso (480m) e à serra do Trebilhadouro (880m), estando estas separadas pelo rio Vigues.
Mais uma zona é a Serra da Freita que faz o limite a nordeste com o concelho de Arouca e a este com o concelho de São Pedro do Sul. Possui um relevo com inclinações bastante acentuadas e diversas situações de escarpa.
A sudeste existe ainda a zona de cota mais baixa do concelho (90 – 100m), onde o rio Teixeira divide o concelho de Vale de Cambra com o de Oliveira de Frades.
Para finalizar, há a serra do Arestal (830m) a sul, separando esta o concelho de Vale de Cambra do concelho de Sever do Vouga.
Pode-se portanto concluir que 73% do concelho de Vale de Cambra se situa acima dos 400 metros de altitude.
Vale de Cambra integra-se na região hidrográfica nº7 (Mondego e Vouga) e é atravessado pelos rios Caima, Arões e Teixeira.
O rio Caima atravessa Vale de Cambra no sentido Este-Oeste e divide esta cidade em duas partes: Norte e Sul. Este rio tem como afluentes o rio Vigues e as ribeiras de Vila Chã, Fuste, Paço de Mato, Moscoso e Cabras.
O rio Arões tem as ribeiras da Povoa e de Campo de Arca como afluentes.
O rio Teixeira tem como afluentes a ribeira de Paraduça e Agualva e separa os concelhos de Vale de Cambra e Oliveira de Frades.
Como Vale de Cambra possui zonas de declives muito acentuados, existem numerosas linhas de água distribuídas por todo o concelho, maioritariamente temporárias ou semi-permanentes.
A estrutura de armazenamento de água mais importante é a barragem Engenheiro Duarte Pacheco.

O concelho de Vale de Cambra é caracterizado no mapa geológico folha 13D – Oliveira de Azeméis.
O seu relevo é condicionado pela tectónica Hercínica, arqueamentos e depressões deste sector da cadeia montanhosa.
Existem duas falhas: uma não incluída na área de estudo e a outra, parte de Vale de Cambra e segue na direcção de Arouca provocando abatimentos.
Os terrenos mais recentes foram formados no Quaternário, período que pertence à Era Cenozóica e ao Éon Fanerozóico.Estas divisões pertencem à tabela cronostratigráfica. Esta tabela divide todo o tempo geológico desde a formação do planeta Terra até aos dias de hoje.
Este período é o último da tabela, tendo começado há cerca de 1.8 milhões de anos.
Estes terrenos mais recentes encontram-se no vale e são constituídos por terras argilosas, arenosas e por vezes cascalho. O rio Caima e algumas ribeiras encontram-se nestas condições.
É também no vale que se situam os terrenos mais férteis da região e que coincidem maioritariamente com zonas de aluvião, ou seja, zonas onde há a deposição de materiais provenientes da meteorização e erosão das rochas. Estas zonas estão na sua maioria rodeadas por xistos argilosos.
A área do Perímetro da Serra da Freita, situa-se a Este e é constituída por granitos de grão médio e xistos. Desde a parte central do concelho até à Mouta Velha, existem granitos de grão grosseiro.
Vale de Cambra está contida na Meseta Ibérica, que é a unidade morfológica que se ergue no interior da Península Ibérica e que configura um planalto central, isto é, uma extensa superfície de erosão com cerca de 650 metros de altitude média.



quinta-feira, 7 de abril de 2011


Aldeias típicas

Aldeia da Felgueira
Situada na freguesia de Arões e delimitada a sul pelo rio Cabrum, a aldeia da Felgueira é uma das poucas aldeias de Vale de Cambra, onde ainda se encontram casas rústicas e caminhos de pedra.
A população mais antiga construiu as suas casas com granito e cobriram-nas com telhados de lousa, material que também é conhecido como ardósia. Estes dois tipos de rocha eram muito abundantes neste local e as únicas matérias-primas na zona, sendo por isso utilizados na construção das casas. Actualmente a lousa tem sido substituída por telha.
O granito é uma rocha magmática que tem na sua constituição uma grande quantidade de minerais muito resistentes à erosão como o quartzo e o feldspato potássico.
A ardósia é uma rocha metamórfica constituída por argilas, cinzas vulcânicas, conchas de animais, animais marinhos e lama.
A ardósia é depositada em camadas no fundo oceânico e é comprimido pelo peso da água e pelo seu próprio peso sofrendo assim uma reorganização dos minerais em linhas rectas.
De inverno esta aldeia fica coberta de neve devido à sua elevada altitude.



quarta-feira, 6 de abril de 2011

Aldeia da Lomba

A aldeia da lomba está inserida na freguesia de Arões.
É uma aldeia típica em socalcos, com canastros em fila e casas em xisto, com um só piso. Era utilizada esta rocha devido à sua abundância no local.
O alinhamento de xistos na Lomba é responsável pelo relevo bastante erodido, que deu origem às encostas íngremes e vales profundos.




terça-feira, 5 de abril de 2011

Barragens
Barragem é uma barreira artificial, feita em cursos de água, com o objectivo de reter a água. Esta estrutura é sobretudo utilizada no abastecimento de água em zonas residenciais, agrícolas ou industriais, na produção de energia eléctrica (energia hidráulica), ou ainda na regularização de um caudal.
As barragens têm benefícios e inconvenientes. Os seus benefícios são: o uso da água para o abastecimento das populações, irrigação de terras agrícolas; aproveitamento hidroeléctrico e evitam inundações fluviais catastróficas a jusante, armazenando o excesso de água na albufeira.
Mas as barragens também possuem inconvenientes, pois ao longo do tempo, vão-se depositando no fundo das albufeiras materiais transportados pelo rio, o que vai diminuir a capacidade de armazenamento de água, reduzindo consideravelmente a quantidade de detritos transportados no mar, com a consequente erosão da linha costeira.
A jusante da barragem aumenta a acção erosiva vertical, aprofundando o leito do rio. Outras desvantagens são o impacto negativo nos ecossistemas aquáticos, dificultando a passagem de peixes e de outros animais, muitos dos quais faziam a desova em zonas do rio a montante. Afecta também os ecossistemas terrestres com a submersão de muitos destes.

Aldeia do Trebilhadouro

A Aldeia do Trebilhadouro localiza-se no lugar de Sandiães, freguesia de Rôge, nos socalcos da Serra. Daqui podem ver-se casas antigas, construídas em pedra, estando esta aldeia desabitada há cerca de 15 anos. As rochas utilizadas na construção destas casas são o granito e a lousa. A escolha destas rochas é devida aos motivos referidos anteriormente para a Aldeia da Felgueira.
Deste lugar, pode avistar-se a ria de Aveiro, algumas cidades do litoral, Vale de Cambra e a Serra da Freita. Durante o Verão, realiza-se um Festival de Artes e Cultura Tradicional.



segunda-feira, 4 de abril de 2011

Barragem Engenheiro Duarte Pacheco
Seguindo pela EN227 até aos Salgueirinhos, continuando em direcção a Santa Cruz e Vila Nova seguindo a sinalização encontrará a Barragem Engenheiro Duarte Pacheco.
A Barragem Eng. Duarte Pacheco foi construída entre 1936 e 1942, na freguesia de Rôge, no lugar do Castelo, daí a designação de Barragem do Castelo.
O nome desta barragem foi atribuído em homenagem ao seu projectista e teve como objectivo aumentar a rentabilidade agrícola dos campos de Burgães e intensificar a indústria de lacticínios, pela criação de prados permanentes.
Esta barragem apresenta um dique de alvenaria com 24metros de altura para queda livre de água e uma Albufeira que armazena 330mil km3 de água de regra, a utilizar na época de estiagem para irrigação de cerca de 230 hectares.




domingo, 3 de abril de 2011

Barragem de Souto Mau
Encontra-se na EN227, na freguesia de Arões, no lugar de Souto Mau. Ao longo da estrada conseguirá observar o leito do rio e ao encontrar um pequeno percurso pedestre siga-o e encontrará a Barragem de Souto Mau.
É uma barragem situada na garganta apertada do rio Arões, construída em betão armado e com 17metros de altura. À semelhança de outras barragens, esta possui uma comporta que abastece a levada que conduz a água de rega para os campos de Souto Mau.
Como é de esperar, todos os sedimentos transportados pelo rio encontram aqui uma barreira ao seu percurso e ficam aqui acumulados, diminuindo a capacidade de armazenamento da albufeira.
Também nesta barragem é possível observar uma marmita que se encontra a jusante da barragem. Esta marmita é uma cavidade numa rocha que tem origem no redemoinhar de sedimentos provocada pela acção da água.



sábado, 2 de abril de 2011

Praias Fluviais

As praias fluviais situam-se nas margens dos rios e sofrem as influências das cheias dos rios e dos sedimentos trazidos por eles.
Os rios são canais de escoamento das águas da chuva e do degelo. Estes transportam uma grande quantidade de detritos em suspensão (materiais finos), por saltação, rolamento ou arrastamento de materiais mais pesados e grosseiros. Os materiais mais pesados e de maiores dimensões normalmente depositam-se a montante e as de pequenas dimensões, mais finos, depositam-se próximo da foz (jusante) ou são mesmo transportados para o mar.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Praia Fluvial de Burgães
Seguindo pela EN328 e na rotunda da Granja (junto ao posto de abastecimento “Prio”), virar à esquerda e seguindo as indicações encontrará a Praia Fluvial de Burgães.

A praia Fluvial de Burgães, onde corre o rio Caima é uma zona muito antiga e muito procurada pelos turistas no Verão. É uma zona de lazer, com parque infantil, campo de jogos, balneários, área relvada, café e esplanada. Esta praia é promotora de várias actividades desportivas e radicais, possuindo percursos pedestres.
Foram também recuperados moinhos de água, o que torna este local não só de lazer como também cultural.
Para segurança de todos os banhistas que frequentam esta praia, esta é vigiada de 1 de Junho a 30 de Setembro.
Toda a praia Fluvial é rodeada por uma bela paisagem, envolvendo o vale do rio Caima. Esta é marcada por um cordão de montanhas, possuindo ainda uma cascata junto à ponte.




quarta-feira, 30 de março de 2011

Praia Fluvial de Paço de Mato

Seguindo pela EN227 até aos Salgueirinhos, cortar em direcção a Rôge, continuando no mesmo sentido e passando os lugares de Sandiães, Fuste, Função e Paço de Mato encontrará a Praia Fluvial de Paço de Mato.

A Praia Fluvial de Paço de Mato tem excelentes condições para os banhistas, possuindo uma água límpida e um pequeno parque de merendas. É portanto um agradável local de merendas.
Nesta praia corre um afluente do rio Caima, Ribeira de Paço de Mato.



terça-feira, 29 de março de 2011

Praia Fluvial de Pontemieiro
Seguindo pela EN227 até Junqueira e seguindo a sinalética para Junqueira de Baixo e Pontemieiro, encontra-se perto dos campos de cultivo a praia fluvial.
É uma praia atractiva e com área aquática reservada para os mais pequenos.
O rio Amarelo serve a esta praia uma magnífica água límpida, refrescante e mineral, pois este atravessa todo um terreno granítico do qual retira os seus minerais. Este rio possui poucos sedimentos no seu leito, dado que o granito é uma rocha de difícil erosão.


segunda-feira, 28 de março de 2011

Serra da Freita

A Serra da Freita está situada na zona montanhosa de Entre Douro e Vouga, abrangendo os concelhos de Arouca, São Pedro do Sul e Vale de Cambra.
Esta possui um importante valor natural, patrimonial e histórico, onde é possível contemplar paisagens deslumbrantes.
Na Primavera e no Verão é um local muito procurado para caminhadas, piqueniques e para a prática de desportos todo-o-terreno. No Inverno é possível divertir-se na neve.
Na encosta sul da Serra da Freita, a 930/935m (não existe concordância nas pesquisas realizadas) de altitude situa-se a aldeia típica do Côvo, a mais alta do concelho de Vale de Cambra.
Nesta serra nasce o rio Caima, o qual passa por Vale de Cambra e vai desaguar na margem direita do Vouga.

domingo, 27 de março de 2011

Geologia da Serra da Freita

A Serra da Freita situa-se na Zona Centro-Ibérica, uma das zonas internas do Maciço Ibérico. De todos os maciços variscos da Europa, o Maciço Ibérico é o mais extenso e o que proporciona um corte transversal mais contínuo e completo da Cadeia Varisca.
Este é subdividido em várias zonas tectonoestratigráficas, entre os quais destacamos a zona Centro-Ibérica.
É composta por rochas metamórficas e magmáticas em resultado da formação da cadeia montanhosa, designada Cadeia Varisca. Esta ter-se-á formado durante a Era do Paleozóico Superior, do Éon Fanerozóico.
Esta cadeia montanhosa teve várias etapas de formação, representadas no Ciclo de Wilson. As primeiras quatro etapas tiveram início no estiramento da crusta, que provocou a abertura de um novo oceano e a formação de bacias de sedimentação (principalmente marinhas) nas margens continentais. Estes sedimentos constituem testemunhos da formação montanhosa, que entretanto se seguiu. As últimas etapas aconteceram aquando da convergência de placas litosféricas, ou seja, quando ocorreu a colisão destas, dando assim lugar ao levantamento e espessamento da cadeia montanhosa. Isto levou à fusão dos materiais, nos níveis mais profundos, ou seja, ocorreu metamorfismo regional de alto grau. Os processos envolvidos neste estádio de formação incluem a deformação, metamorfismo, génese e ascensão de magmas.
Com a formação desta cadeia montanhosa, ocorreu erosão e reajustamento isostático, ou seja, houve o encurtamento horizontal da crusta que conduziu ao espessamento desta, dando origem a grandes relevos na superfície da Terra (cadeias montanhosas) e uma zona de raízes em profundidade.
Quando se finalizou convergência de placas, a acção da erosão (vento, água, seres vivos) e os movimentos isostáticos, levam ao levantamento da estrutura, ficando expostas à superfície, as raízes da cadeia. Consequentemente, há o espessamento desta.
No fim de todo o processo, ocorreu sedimentação dos materiais erodidos nas bacias das margens continentais.
Portanto, a região é composta maioritariamente por rochas magmáticas, mais precisamente rochas graníticas, que se instalam nas rochas metosedimentares, ou seja, rochas que se formaram antes da cadeia montanhosa e que mais tarde foram metamorfizadas, sofrendo dobramento. Estes metassedimentos podem ser agrupados em três unidades: a espessa série anteordovícica de metapelitos e metagrauvaques do “Complexo Xisto-Grauváquico”; a sequência ordovícica, construída por quartzitos e xistos negros e os sedimentos detríticos do Carbónico Superior.
O metamorfismo regional varisco, está ligado às primeiras fases de deformação da cadeia montanhosa. A maior parte possui um grau baixo (zona de clorite e biotite) e a outra parte atinge o grau médio (zona de estaurolite e de silimanite).
As rochas mais antigas encontram-se na parte Este e são constituídas por granitos e xistos, formando a zona serrana do complexo Freita-Arestal.

sábado, 26 de março de 2011

Geossítios
Campo de Dobras da Castanheira
Segue-se em direcção ao lugar da Castanheira. Depois da primeira curva à esquerda conta-se o terceiro poste de electricidade, e aqui encontrará várias dobras visíveis nas rochas.
As dobras são um tipo de deformação que se traduz pelo encurvamento de camadas inicialmente planas. Estas tanto podem ser macroscópicas como microscópicas e foram causadas por forças compressivas. Estas estruturas sedimentares sofreram metamorfismo de grau médio. São formadas por moscovite, biotite, quartzo e ainda, por pequenos cristais de andaluzite e granada.
Aqui encontram-se testemunhos da deformação varisca, tendo por isso uma elevada importância.



sexta-feira, 25 de março de 2011

Contacto Litológico da Mizarela e aspectos geológicos associados

Localiza-se a uns 50 metros do aglomerado de casas da povoação da Mizarela. Situa-se num caminho próximo da estrada.

Neste local, observa-se nitidamente o contacto entre as formações do Complexo Xisto-Grauváquico ante-ordovício (rocha metamórfica) e o granito intrusivo da Serra da Freita (rocha magmática).
Os xistos e os grauvaques são rochas metamórficas que sofreram metamorfismo de grau-médio. Estas foram formadas no fundo dos mares a partir de sedimentos finos, essencialmente de origem arenosa e argilosa.
O xisto contém os seguintes minerais: estaurolite, andaluzite e silimanite (esta ultimo apenas reconhecido ao microscópio). A estaurolite aparece em maior abundância, podendo atingir vários centímetros e apresenta-se, por vezes, maclada (mineral sobre mineral, formando uma cruz).
O granito é constituído por duas micas com granularidade média, como todo o granito da Serra da Freita. Contém quartzo, feldspato potássico, plagioclases, biotite, moscovite e silimanite. Em diversas partes apresenta foliação, resultando esta de um alinhamento de minerais magnéticos anteriores ao processo metamórfico e ainda da orientação de novos minerais.



quinta-feira, 24 de março de 2011

Filões de Quartzo

Os Filões de Quartzo encontram-se por toda a serra, podendo ser leitosos (brancos) ou róseos.

Estes representam muitos afloramentos que ocorreram na Serra da Freita.
Foram formados durante uma intensa fase de circulação de fluidos magmáticos, que ocorreram nas fases finais da cristalização magmática do granito da Serra da Freita e do Granito Nodular da Castanheira. São estruturas lineares que constituem relevos com uma elevada dureza, destacando-se na paisagem. Apresentam idade posterior aos metassedimentos que intersectam.
Os metassedimentos são sedimentos que entraram em processo de metamorfismo devido às condições que sofreram (elevada temperatura e pressão).



quarta-feira, 23 de março de 2011

Marco Geodésico de S. Pedro Velho

É um miradouro com uma panorâmica de 360graus sobre a Serra da Freita. É o ponto mais alto da serra e é visível de muitos outros locais desta.
Corresponde a um relevo residual de granito designado “Castle Kopje”, ou seja, é um granito associado a grão médio, bem diaclasado, com sistemas de descontinuidades, que ao ser erodido dá lugar a formas acasteladas (empilhamento de blocos graníticos).
À medida que nos aproximamos do ponto mais alto vão surgindo, em maior quantidade, formas graníticas menores - pias.
Deste local é possível observar a oeste o Oceano Atlântico, Aveiro, a ria de Aveiro e Vale de Cambra; a norte os contornos das serras do Marão e do Gerês e ainda o concelho de Arouca; a este os contornos das serras da Gralheira, da Estrela, do Larouco e da Marofa e por fim observa-se a sul os contornos da serra do Caramulo.



terça-feira, 22 de março de 2011

Marmitas de Gigante do Rio Caima (Mizarela)

As marmitas de gigante do rio Caima são cavidades nas rochas e situam-se nas margens e leito deste rio, a montante da queda de água.
Estas possuem diversos diâmetros e profundidades e encontram-se isoladas ou em grupo.
Os seixos e blocos transportados pelo rio redemoinham por acção de fortes correntes sazonais dando assim origem a cavidades na rocha, as chamadas marmitas.
Estes sedimentos movimentados pela água do rio provocam uma intensa erosão abrasiva. Isto significa que ao longo do tempo, os sedimentos vão aprofundando e alargando as marmitas, podendo mesmo unir várias, formando assim canais de escoamento das águas.






segunda-feira, 21 de março de 2011

Miradouro da Frecha da Mizarela
Seguir a sinalização em direcção à Frecha da Mizarela
A Frecha da Mizarela nasce no rio Caima, uma queda de água com mais de 60 metros de altura. Este rio passa por Vale de Cambra e desagua na margem direita do Vouga (Sernada do Vouga).
É a mais alta queda de água de Portugal. Esta ter-se-á formado devido à erosão diferencial das rochas, onde o rio Caima se instalou, uma vez que surge na transição entre granito (a montante) e xisto (a jusante). Isto deve-se ao facto do primeiro ser mais resistente que o segundo. A cascata resulta do intenso desgaste do xisto pela água do rio Caima. Outro factor é a existência de uma falha entre estas duas rochas, o que acentua ainda mais este declive.



domingo, 20 de março de 2011

Pedras Parideiras
Seguindo em direcção à aldeia da Castanheira, encontrará sinalização a indicar o local.
O nome científico destas rochas é Granito Nodular da Castanheira, pois está próximo da aldeia da Castanheira.
O Granito Nodular da Castanheira formou-se ao mesmo tempo que o granito da Serra da Freita. No entanto, possui características muito diferentes, que o tornam único em Portugal e raro no mundo.
Estas características excepcionais devem-se a condições próprias no momento de consolidificação do magma e ainda estão a ser feitos estudos para se compreender melhor a sua origem. Porém pensa-se que terão resultado de factores de natureza geoquímica e tectónica.
Este local corresponde a um afloramento granítico. Há uma intrusão de magma que terá ocorrido há cerca de 320 milhões de anos.
É um granito de grão médio envolvido por xistos metamórficos e tem textura nodular.
A Serra da Freita está sujeita a fortes amplitudes térmicas, ou seja, tanto tem temperaturas altas como temperaturas muito baixas.
Junto aos nódulos, formam-se cunhas de gelo nas fendas destes. Isto provoca a erosão do Granito Nodular que origina a separação e posterior expulsão dos nódulos de biotite, deixando cavidades na rocha-mãe.
Desta maneira, parece que uma rocha pare outra, daí a designação popular de “Pedras Parideiras”.
Os nódulos têm entre 1 e 12cm de diâmetro e são constituídos externamente por biotite em forma de disco biconvexo e internamente por um núcleo de quartzo–feldspático. Estes são achatados e mais resistentes à erosão do que a rocha-mãe e as biotites dos extremos encontram-se microdobradas. Os nódulos apresentam uma cor escura que contrasta com a cor branca da rocha-encaixante.