quarta-feira, 30 de março de 2011

Praia Fluvial de Paço de Mato

Seguindo pela EN227 até aos Salgueirinhos, cortar em direcção a Rôge, continuando no mesmo sentido e passando os lugares de Sandiães, Fuste, Função e Paço de Mato encontrará a Praia Fluvial de Paço de Mato.

A Praia Fluvial de Paço de Mato tem excelentes condições para os banhistas, possuindo uma água límpida e um pequeno parque de merendas. É portanto um agradável local de merendas.
Nesta praia corre um afluente do rio Caima, Ribeira de Paço de Mato.



terça-feira, 29 de março de 2011

Praia Fluvial de Pontemieiro
Seguindo pela EN227 até Junqueira e seguindo a sinalética para Junqueira de Baixo e Pontemieiro, encontra-se perto dos campos de cultivo a praia fluvial.
É uma praia atractiva e com área aquática reservada para os mais pequenos.
O rio Amarelo serve a esta praia uma magnífica água límpida, refrescante e mineral, pois este atravessa todo um terreno granítico do qual retira os seus minerais. Este rio possui poucos sedimentos no seu leito, dado que o granito é uma rocha de difícil erosão.


segunda-feira, 28 de março de 2011

Serra da Freita

A Serra da Freita está situada na zona montanhosa de Entre Douro e Vouga, abrangendo os concelhos de Arouca, São Pedro do Sul e Vale de Cambra.
Esta possui um importante valor natural, patrimonial e histórico, onde é possível contemplar paisagens deslumbrantes.
Na Primavera e no Verão é um local muito procurado para caminhadas, piqueniques e para a prática de desportos todo-o-terreno. No Inverno é possível divertir-se na neve.
Na encosta sul da Serra da Freita, a 930/935m (não existe concordância nas pesquisas realizadas) de altitude situa-se a aldeia típica do Côvo, a mais alta do concelho de Vale de Cambra.
Nesta serra nasce o rio Caima, o qual passa por Vale de Cambra e vai desaguar na margem direita do Vouga.

domingo, 27 de março de 2011

Geologia da Serra da Freita

A Serra da Freita situa-se na Zona Centro-Ibérica, uma das zonas internas do Maciço Ibérico. De todos os maciços variscos da Europa, o Maciço Ibérico é o mais extenso e o que proporciona um corte transversal mais contínuo e completo da Cadeia Varisca.
Este é subdividido em várias zonas tectonoestratigráficas, entre os quais destacamos a zona Centro-Ibérica.
É composta por rochas metamórficas e magmáticas em resultado da formação da cadeia montanhosa, designada Cadeia Varisca. Esta ter-se-á formado durante a Era do Paleozóico Superior, do Éon Fanerozóico.
Esta cadeia montanhosa teve várias etapas de formação, representadas no Ciclo de Wilson. As primeiras quatro etapas tiveram início no estiramento da crusta, que provocou a abertura de um novo oceano e a formação de bacias de sedimentação (principalmente marinhas) nas margens continentais. Estes sedimentos constituem testemunhos da formação montanhosa, que entretanto se seguiu. As últimas etapas aconteceram aquando da convergência de placas litosféricas, ou seja, quando ocorreu a colisão destas, dando assim lugar ao levantamento e espessamento da cadeia montanhosa. Isto levou à fusão dos materiais, nos níveis mais profundos, ou seja, ocorreu metamorfismo regional de alto grau. Os processos envolvidos neste estádio de formação incluem a deformação, metamorfismo, génese e ascensão de magmas.
Com a formação desta cadeia montanhosa, ocorreu erosão e reajustamento isostático, ou seja, houve o encurtamento horizontal da crusta que conduziu ao espessamento desta, dando origem a grandes relevos na superfície da Terra (cadeias montanhosas) e uma zona de raízes em profundidade.
Quando se finalizou convergência de placas, a acção da erosão (vento, água, seres vivos) e os movimentos isostáticos, levam ao levantamento da estrutura, ficando expostas à superfície, as raízes da cadeia. Consequentemente, há o espessamento desta.
No fim de todo o processo, ocorreu sedimentação dos materiais erodidos nas bacias das margens continentais.
Portanto, a região é composta maioritariamente por rochas magmáticas, mais precisamente rochas graníticas, que se instalam nas rochas metosedimentares, ou seja, rochas que se formaram antes da cadeia montanhosa e que mais tarde foram metamorfizadas, sofrendo dobramento. Estes metassedimentos podem ser agrupados em três unidades: a espessa série anteordovícica de metapelitos e metagrauvaques do “Complexo Xisto-Grauváquico”; a sequência ordovícica, construída por quartzitos e xistos negros e os sedimentos detríticos do Carbónico Superior.
O metamorfismo regional varisco, está ligado às primeiras fases de deformação da cadeia montanhosa. A maior parte possui um grau baixo (zona de clorite e biotite) e a outra parte atinge o grau médio (zona de estaurolite e de silimanite).
As rochas mais antigas encontram-se na parte Este e são constituídas por granitos e xistos, formando a zona serrana do complexo Freita-Arestal.

sábado, 26 de março de 2011

Geossítios
Campo de Dobras da Castanheira
Segue-se em direcção ao lugar da Castanheira. Depois da primeira curva à esquerda conta-se o terceiro poste de electricidade, e aqui encontrará várias dobras visíveis nas rochas.
As dobras são um tipo de deformação que se traduz pelo encurvamento de camadas inicialmente planas. Estas tanto podem ser macroscópicas como microscópicas e foram causadas por forças compressivas. Estas estruturas sedimentares sofreram metamorfismo de grau médio. São formadas por moscovite, biotite, quartzo e ainda, por pequenos cristais de andaluzite e granada.
Aqui encontram-se testemunhos da deformação varisca, tendo por isso uma elevada importância.



sexta-feira, 25 de março de 2011

Contacto Litológico da Mizarela e aspectos geológicos associados

Localiza-se a uns 50 metros do aglomerado de casas da povoação da Mizarela. Situa-se num caminho próximo da estrada.

Neste local, observa-se nitidamente o contacto entre as formações do Complexo Xisto-Grauváquico ante-ordovício (rocha metamórfica) e o granito intrusivo da Serra da Freita (rocha magmática).
Os xistos e os grauvaques são rochas metamórficas que sofreram metamorfismo de grau-médio. Estas foram formadas no fundo dos mares a partir de sedimentos finos, essencialmente de origem arenosa e argilosa.
O xisto contém os seguintes minerais: estaurolite, andaluzite e silimanite (esta ultimo apenas reconhecido ao microscópio). A estaurolite aparece em maior abundância, podendo atingir vários centímetros e apresenta-se, por vezes, maclada (mineral sobre mineral, formando uma cruz).
O granito é constituído por duas micas com granularidade média, como todo o granito da Serra da Freita. Contém quartzo, feldspato potássico, plagioclases, biotite, moscovite e silimanite. Em diversas partes apresenta foliação, resultando esta de um alinhamento de minerais magnéticos anteriores ao processo metamórfico e ainda da orientação de novos minerais.



quinta-feira, 24 de março de 2011

Filões de Quartzo

Os Filões de Quartzo encontram-se por toda a serra, podendo ser leitosos (brancos) ou róseos.

Estes representam muitos afloramentos que ocorreram na Serra da Freita.
Foram formados durante uma intensa fase de circulação de fluidos magmáticos, que ocorreram nas fases finais da cristalização magmática do granito da Serra da Freita e do Granito Nodular da Castanheira. São estruturas lineares que constituem relevos com uma elevada dureza, destacando-se na paisagem. Apresentam idade posterior aos metassedimentos que intersectam.
Os metassedimentos são sedimentos que entraram em processo de metamorfismo devido às condições que sofreram (elevada temperatura e pressão).



quarta-feira, 23 de março de 2011

Marco Geodésico de S. Pedro Velho

É um miradouro com uma panorâmica de 360graus sobre a Serra da Freita. É o ponto mais alto da serra e é visível de muitos outros locais desta.
Corresponde a um relevo residual de granito designado “Castle Kopje”, ou seja, é um granito associado a grão médio, bem diaclasado, com sistemas de descontinuidades, que ao ser erodido dá lugar a formas acasteladas (empilhamento de blocos graníticos).
À medida que nos aproximamos do ponto mais alto vão surgindo, em maior quantidade, formas graníticas menores - pias.
Deste local é possível observar a oeste o Oceano Atlântico, Aveiro, a ria de Aveiro e Vale de Cambra; a norte os contornos das serras do Marão e do Gerês e ainda o concelho de Arouca; a este os contornos das serras da Gralheira, da Estrela, do Larouco e da Marofa e por fim observa-se a sul os contornos da serra do Caramulo.



terça-feira, 22 de março de 2011

Marmitas de Gigante do Rio Caima (Mizarela)

As marmitas de gigante do rio Caima são cavidades nas rochas e situam-se nas margens e leito deste rio, a montante da queda de água.
Estas possuem diversos diâmetros e profundidades e encontram-se isoladas ou em grupo.
Os seixos e blocos transportados pelo rio redemoinham por acção de fortes correntes sazonais dando assim origem a cavidades na rocha, as chamadas marmitas.
Estes sedimentos movimentados pela água do rio provocam uma intensa erosão abrasiva. Isto significa que ao longo do tempo, os sedimentos vão aprofundando e alargando as marmitas, podendo mesmo unir várias, formando assim canais de escoamento das águas.






segunda-feira, 21 de março de 2011

Miradouro da Frecha da Mizarela
Seguir a sinalização em direcção à Frecha da Mizarela
A Frecha da Mizarela nasce no rio Caima, uma queda de água com mais de 60 metros de altura. Este rio passa por Vale de Cambra e desagua na margem direita do Vouga (Sernada do Vouga).
É a mais alta queda de água de Portugal. Esta ter-se-á formado devido à erosão diferencial das rochas, onde o rio Caima se instalou, uma vez que surge na transição entre granito (a montante) e xisto (a jusante). Isto deve-se ao facto do primeiro ser mais resistente que o segundo. A cascata resulta do intenso desgaste do xisto pela água do rio Caima. Outro factor é a existência de uma falha entre estas duas rochas, o que acentua ainda mais este declive.



domingo, 20 de março de 2011

Pedras Parideiras
Seguindo em direcção à aldeia da Castanheira, encontrará sinalização a indicar o local.
O nome científico destas rochas é Granito Nodular da Castanheira, pois está próximo da aldeia da Castanheira.
O Granito Nodular da Castanheira formou-se ao mesmo tempo que o granito da Serra da Freita. No entanto, possui características muito diferentes, que o tornam único em Portugal e raro no mundo.
Estas características excepcionais devem-se a condições próprias no momento de consolidificação do magma e ainda estão a ser feitos estudos para se compreender melhor a sua origem. Porém pensa-se que terão resultado de factores de natureza geoquímica e tectónica.
Este local corresponde a um afloramento granítico. Há uma intrusão de magma que terá ocorrido há cerca de 320 milhões de anos.
É um granito de grão médio envolvido por xistos metamórficos e tem textura nodular.
A Serra da Freita está sujeita a fortes amplitudes térmicas, ou seja, tanto tem temperaturas altas como temperaturas muito baixas.
Junto aos nódulos, formam-se cunhas de gelo nas fendas destes. Isto provoca a erosão do Granito Nodular que origina a separação e posterior expulsão dos nódulos de biotite, deixando cavidades na rocha-mãe.
Desta maneira, parece que uma rocha pare outra, daí a designação popular de “Pedras Parideiras”.
Os nódulos têm entre 1 e 12cm de diâmetro e são constituídos externamente por biotite em forma de disco biconvexo e internamente por um núcleo de quartzo–feldspático. Estes são achatados e mais resistentes à erosão do que a rocha-mãe e as biotites dos extremos encontram-se microdobradas. Os nódulos apresentam uma cor escura que contrasta com a cor branca da rocha-encaixante.