quarta-feira, 20 de abril de 2011


Vale de Cambra
O Município de Vale de Cambra é um dos 19 municípios que integram o Distrito de Aveiro, insere-se na Região Norte, e ainda na sub-região de Entre Douro e Vouga.
Este concelho tem uma área de 147km2 e 25 mil habitantes. Está dividido em nove freguesias: Arões, Cepelos, Codal, Junqueira, Macieira de Cambra, Rôge, São Pedro de Castelões, Vila Chã e Vila Cova de Perrinho.
Vale de Cambra possui um clima ameno, húmido, muito chuvoso no Inverno e soalheiro no Verão.
Localiza-se num vale com uma fertilidade invulgar, situado nas margens do rio Caima, o que potenciou o desenvolvimento dos seus recursos naturais, como a Serra da Freita, a Barragem Engenheiro Duarte Pacheco ou as praias fluviais.
Para além do rio Caima (primeiro afluente importante do rio Vouga), esta cidade é também atravessada por outros dois cursos de água: rio Teixeira e rio Arões.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Geologia de Vale de Cambra
O concelho de Vale de Cambra é constituído por uma zona interior com características serranas, atingindo altitudes superiores a 1000 metros.
Este concelho possui uma forte presença de água, o que marca a paisagem. É abrangido por uma enorme cobertura de bacias hidrográficas.
A área serrana é delimitada a nascente e sudeste por uma cadeia montanhosa (Serras de Montemuro, Arada e Freita).
O concelho de Vale de Cambra é caracterizado por um relevo muito acidentado.
Como há uma grande diferença de altitudes este concelho pode ser dividido em seis zonas diferentes.
Uma destas zonas pode ser chamada Terras Baixas, e corresponde ao Vale do Caima e seus afluentes (rio Vigues, ribeira de Lordelo, Ribeira de Moscoso e Ribeira das Cabras) e possui declives suaves. É aqui que se situa a sede do concelho.
Outra é a zona constituída pelas serras de Lordelo (515m) e da Escaiba (645m) caracterizada por declives acentuados.
Há também uma zona de pendentes ligeiramente acentuadas a norte, que corresponde ao alto de Trancoso (480m) e à serra do Trebilhadouro (880m), estando estas separadas pelo rio Vigues.
Mais uma zona é a Serra da Freita que faz o limite a nordeste com o concelho de Arouca e a este com o concelho de São Pedro do Sul. Possui um relevo com inclinações bastante acentuadas e diversas situações de escarpa.
A sudeste existe ainda a zona de cota mais baixa do concelho (90 – 100m), onde o rio Teixeira divide o concelho de Vale de Cambra com o de Oliveira de Frades.
Para finalizar, há a serra do Arestal (830m) a sul, separando esta o concelho de Vale de Cambra do concelho de Sever do Vouga.
Pode-se portanto concluir que 73% do concelho de Vale de Cambra se situa acima dos 400 metros de altitude.
Vale de Cambra integra-se na região hidrográfica nº7 (Mondego e Vouga) e é atravessado pelos rios Caima, Arões e Teixeira.
O rio Caima atravessa Vale de Cambra no sentido Este-Oeste e divide esta cidade em duas partes: Norte e Sul. Este rio tem como afluentes o rio Vigues e as ribeiras de Vila Chã, Fuste, Paço de Mato, Moscoso e Cabras.
O rio Arões tem as ribeiras da Povoa e de Campo de Arca como afluentes.
O rio Teixeira tem como afluentes a ribeira de Paraduça e Agualva e separa os concelhos de Vale de Cambra e Oliveira de Frades.
Como Vale de Cambra possui zonas de declives muito acentuados, existem numerosas linhas de água distribuídas por todo o concelho, maioritariamente temporárias ou semi-permanentes.
A estrutura de armazenamento de água mais importante é a barragem Engenheiro Duarte Pacheco.

O concelho de Vale de Cambra é caracterizado no mapa geológico folha 13D – Oliveira de Azeméis.
O seu relevo é condicionado pela tectónica Hercínica, arqueamentos e depressões deste sector da cadeia montanhosa.
Existem duas falhas: uma não incluída na área de estudo e a outra, parte de Vale de Cambra e segue na direcção de Arouca provocando abatimentos.
Os terrenos mais recentes foram formados no Quaternário, período que pertence à Era Cenozóica e ao Éon Fanerozóico.Estas divisões pertencem à tabela cronostratigráfica. Esta tabela divide todo o tempo geológico desde a formação do planeta Terra até aos dias de hoje.
Este período é o último da tabela, tendo começado há cerca de 1.8 milhões de anos.
Estes terrenos mais recentes encontram-se no vale e são constituídos por terras argilosas, arenosas e por vezes cascalho. O rio Caima e algumas ribeiras encontram-se nestas condições.
É também no vale que se situam os terrenos mais férteis da região e que coincidem maioritariamente com zonas de aluvião, ou seja, zonas onde há a deposição de materiais provenientes da meteorização e erosão das rochas. Estas zonas estão na sua maioria rodeadas por xistos argilosos.
A área do Perímetro da Serra da Freita, situa-se a Este e é constituída por granitos de grão médio e xistos. Desde a parte central do concelho até à Mouta Velha, existem granitos de grão grosseiro.
Vale de Cambra está contida na Meseta Ibérica, que é a unidade morfológica que se ergue no interior da Península Ibérica e que configura um planalto central, isto é, uma extensa superfície de erosão com cerca de 650 metros de altitude média.



quinta-feira, 7 de abril de 2011


Aldeias típicas

Aldeia da Felgueira
Situada na freguesia de Arões e delimitada a sul pelo rio Cabrum, a aldeia da Felgueira é uma das poucas aldeias de Vale de Cambra, onde ainda se encontram casas rústicas e caminhos de pedra.
A população mais antiga construiu as suas casas com granito e cobriram-nas com telhados de lousa, material que também é conhecido como ardósia. Estes dois tipos de rocha eram muito abundantes neste local e as únicas matérias-primas na zona, sendo por isso utilizados na construção das casas. Actualmente a lousa tem sido substituída por telha.
O granito é uma rocha magmática que tem na sua constituição uma grande quantidade de minerais muito resistentes à erosão como o quartzo e o feldspato potássico.
A ardósia é uma rocha metamórfica constituída por argilas, cinzas vulcânicas, conchas de animais, animais marinhos e lama.
A ardósia é depositada em camadas no fundo oceânico e é comprimido pelo peso da água e pelo seu próprio peso sofrendo assim uma reorganização dos minerais em linhas rectas.
De inverno esta aldeia fica coberta de neve devido à sua elevada altitude.



quarta-feira, 6 de abril de 2011

Aldeia da Lomba

A aldeia da lomba está inserida na freguesia de Arões.
É uma aldeia típica em socalcos, com canastros em fila e casas em xisto, com um só piso. Era utilizada esta rocha devido à sua abundância no local.
O alinhamento de xistos na Lomba é responsável pelo relevo bastante erodido, que deu origem às encostas íngremes e vales profundos.




terça-feira, 5 de abril de 2011

Barragens
Barragem é uma barreira artificial, feita em cursos de água, com o objectivo de reter a água. Esta estrutura é sobretudo utilizada no abastecimento de água em zonas residenciais, agrícolas ou industriais, na produção de energia eléctrica (energia hidráulica), ou ainda na regularização de um caudal.
As barragens têm benefícios e inconvenientes. Os seus benefícios são: o uso da água para o abastecimento das populações, irrigação de terras agrícolas; aproveitamento hidroeléctrico e evitam inundações fluviais catastróficas a jusante, armazenando o excesso de água na albufeira.
Mas as barragens também possuem inconvenientes, pois ao longo do tempo, vão-se depositando no fundo das albufeiras materiais transportados pelo rio, o que vai diminuir a capacidade de armazenamento de água, reduzindo consideravelmente a quantidade de detritos transportados no mar, com a consequente erosão da linha costeira.
A jusante da barragem aumenta a acção erosiva vertical, aprofundando o leito do rio. Outras desvantagens são o impacto negativo nos ecossistemas aquáticos, dificultando a passagem de peixes e de outros animais, muitos dos quais faziam a desova em zonas do rio a montante. Afecta também os ecossistemas terrestres com a submersão de muitos destes.

Aldeia do Trebilhadouro

A Aldeia do Trebilhadouro localiza-se no lugar de Sandiães, freguesia de Rôge, nos socalcos da Serra. Daqui podem ver-se casas antigas, construídas em pedra, estando esta aldeia desabitada há cerca de 15 anos. As rochas utilizadas na construção destas casas são o granito e a lousa. A escolha destas rochas é devida aos motivos referidos anteriormente para a Aldeia da Felgueira.
Deste lugar, pode avistar-se a ria de Aveiro, algumas cidades do litoral, Vale de Cambra e a Serra da Freita. Durante o Verão, realiza-se um Festival de Artes e Cultura Tradicional.



segunda-feira, 4 de abril de 2011

Barragem Engenheiro Duarte Pacheco
Seguindo pela EN227 até aos Salgueirinhos, continuando em direcção a Santa Cruz e Vila Nova seguindo a sinalização encontrará a Barragem Engenheiro Duarte Pacheco.
A Barragem Eng. Duarte Pacheco foi construída entre 1936 e 1942, na freguesia de Rôge, no lugar do Castelo, daí a designação de Barragem do Castelo.
O nome desta barragem foi atribuído em homenagem ao seu projectista e teve como objectivo aumentar a rentabilidade agrícola dos campos de Burgães e intensificar a indústria de lacticínios, pela criação de prados permanentes.
Esta barragem apresenta um dique de alvenaria com 24metros de altura para queda livre de água e uma Albufeira que armazena 330mil km3 de água de regra, a utilizar na época de estiagem para irrigação de cerca de 230 hectares.




domingo, 3 de abril de 2011

Barragem de Souto Mau
Encontra-se na EN227, na freguesia de Arões, no lugar de Souto Mau. Ao longo da estrada conseguirá observar o leito do rio e ao encontrar um pequeno percurso pedestre siga-o e encontrará a Barragem de Souto Mau.
É uma barragem situada na garganta apertada do rio Arões, construída em betão armado e com 17metros de altura. À semelhança de outras barragens, esta possui uma comporta que abastece a levada que conduz a água de rega para os campos de Souto Mau.
Como é de esperar, todos os sedimentos transportados pelo rio encontram aqui uma barreira ao seu percurso e ficam aqui acumulados, diminuindo a capacidade de armazenamento da albufeira.
Também nesta barragem é possível observar uma marmita que se encontra a jusante da barragem. Esta marmita é uma cavidade numa rocha que tem origem no redemoinhar de sedimentos provocada pela acção da água.



sábado, 2 de abril de 2011

Praias Fluviais

As praias fluviais situam-se nas margens dos rios e sofrem as influências das cheias dos rios e dos sedimentos trazidos por eles.
Os rios são canais de escoamento das águas da chuva e do degelo. Estes transportam uma grande quantidade de detritos em suspensão (materiais finos), por saltação, rolamento ou arrastamento de materiais mais pesados e grosseiros. Os materiais mais pesados e de maiores dimensões normalmente depositam-se a montante e as de pequenas dimensões, mais finos, depositam-se próximo da foz (jusante) ou são mesmo transportados para o mar.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Praia Fluvial de Burgães
Seguindo pela EN328 e na rotunda da Granja (junto ao posto de abastecimento “Prio”), virar à esquerda e seguindo as indicações encontrará a Praia Fluvial de Burgães.

A praia Fluvial de Burgães, onde corre o rio Caima é uma zona muito antiga e muito procurada pelos turistas no Verão. É uma zona de lazer, com parque infantil, campo de jogos, balneários, área relvada, café e esplanada. Esta praia é promotora de várias actividades desportivas e radicais, possuindo percursos pedestres.
Foram também recuperados moinhos de água, o que torna este local não só de lazer como também cultural.
Para segurança de todos os banhistas que frequentam esta praia, esta é vigiada de 1 de Junho a 30 de Setembro.
Toda a praia Fluvial é rodeada por uma bela paisagem, envolvendo o vale do rio Caima. Esta é marcada por um cordão de montanhas, possuindo ainda uma cascata junto à ponte.